Não só no relacionamento, geralmente a pessoa que fica sem falar com a outra porque está chateado/a, faz isso também nas relações familiares. Entender onde e desde quando acontece esse tipo de comportamento, ajuda a entender o porquê acontece, mas não quer dizer que deva continuar para todo sempre.
A pessoa que age assim pode até não saber dizer o porque faz isso, mas tem certeza que não consegue agir diferente. E até aí tudo bem, às vezes melhor refletir o que aconteceu ao invés de agir na emoção. O problema é quando o tempo do silêncio é indeterminado, pode durar até dias.
É sobre o limite do tempo de ficar sem se falar que vamos trabalhar na terapia de casal. Se você quer o seu tempo de silêncio com respeito, é preciso também respeitar o outro - é possível ter seu momento, sem demonstrar falta de interesse em resolver o conflito.
Exemplo: um está exaltado e outro entra no modo "silêncio". Enquanto ambos não estão prontos para ouvir o outro como adultos que sabem conversar (às vezes é bom lembrar), a pessoa que tem urgência em respostas, pode combinar um prazo para lidar com a situação. "Amanhã à noite voltamos a falar sobre isso, ok?", nesse meio tempo não vai haver cobranças, porque está "dentro do prazo". Não esquecer nesse meio tempo também que você CONVIVE com um ser humano.
Entendo a necessidade do silêncio, mas é importante entender que a ATENÇÃO numa relação de convivência é necessário também.
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